segunda-feira, 9 de julho de 2012

Atriz Bruna Marquezine faz jornada dupla nas novelas


No ar em 'Negócio da China', ela também está em 'Mulheres apaixonadas'.
Elogiada por Patrícia Pillar, Bruna não faria vilã se dependesse da mãe.



 Quando a agenda cheia das gravações permite, Bruna Marquezine, a Flor de Lys da novela “Negócio da China”, gosta de ligar a TV na faixa das 14h para assistir “Mulheres apaixonadas”. Na trama de Manoel Carlos – que foi ao ar em 2003 e agora está sendo reprisada no “Vale a pena ver de novo” – a atriz comoveu o país interpretando a órfã Salete, que perde a mãe vítima de uma bala perdida.
Hoje adolescente, Bruna ainda se surpreende como conseguia chorar tanto em cena com apenas 8 anos de idade. Mas, para uma atriz, não acha que a tarefa seja tão desafiadora.

“Nada é muito fácil se você for parar para analisar. Mas quem se esforça, se dedica e tem disciplina, acaba fazendo um bom trabalho”, filosofa Bruna, com a sabedoria de seus 13 anos.

Quem confirma a trinca esforço-dedicação-disciplina é a mãe da atriz, Neide. “Naquela época a Bruna ainda estava sendo alfabetizada, então eu passava as falas e ela repetia, com a maior responsabilidade”, relembra a mãe coruja. “Quando ela terminava de gravar, perguntava ao diretor Ricardo Waddington se tinha se saído bem, se a cena tinha ficado boa”. 


Bruna continua fiel a receita após atuar em cinco novelas e ter feito participações na minissérie “Amazônia – de Galvez a Chico Mendes” e nas séries “A diarista” e “Carga pesada”. “O que eu faço é procurar entender a vida dos personagens. E assim a emoção pode ser de alegria, de tristeza, de raiva...”, explica. 

Lutadora

Na novela de Miguel Falabella, a atriz não tem que se debulhar tanto em lágrimas quanto em “Mulheres apaixonadas”. Mas teve de aprender a lutar kung fu para interpretar Flor de Lys, uma jovem esperta, apaixonada pela cultura oriental e que vai desvendar os muitos mistérios que rondam “Negócio da China”.

“Fiz três meses de aula, foi muito legal”, conta Bruna. “Gosto de desafios”, garante.

Desafio que, no entanto, não se compara ao de interpretar uma criança cega, como aconteceu na novela “América” (2005). “A Flor foi um papel que me marcou muito. Passava o dia em uma instituição para cegos, convivendo, observando o gestual... Foi muito emocionante”, diz Bruna. 


Papel de vilã

Carioca de Caxias, filha de uma dona-de-casa e de um marceneiro, Bruna é a única artista da família. Nos encontros com os tios e primos, não gosta de ficar falando sobre os bastidores do meio televisivo. “Ela já vive o trabalho com tanta intensidade, que todos evitam ficar fazendo perguntas”, conta a mãe.

Recentemente, foi elogiada pela colega de profissão, Patrícia Pillar, que declarou que a considera Bruna uma das grandes promessas da teledramaturgia. “Sou fã da Patrícia, acho ela uma atriz incrível! Também gosto muito da Glória Pires e do Tony Ramos”.

Mas no que depender da mamãe, Bruna nunca interpretaria uma vilã tão pérfida quanto a Flora, de “A favorita”. “Ai não sei... Ela atua com tanto realismo, não sei se gostaria de vê-la fazendo maldades. Nem na novela!”, revela Neide.



Crédito:G1.globo

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